segunda-feira, julho 19, 2004

Um Fim de Semana em Sintra...

... Esqueçam o facto do título deste artigo ter um nome que sugere alguma produção pornográfica lusitana...
 
Finalmente tive um fim de semana para mim...
Quer dizer, por inteiro, sem ser apenas apartir de sábado à noite.
 
Fui então para um há muito desejado fim-de-semana na pousada de juventude de Sintra.
-Vou-me abstrair de descrever as virtudes de Sintra, quer porque é provável que o farei no futuro, quer porque me ia afastar do assunto que quero abordar (isto é algo ridículo porque ainda não sei bem de que vou falar...).
 
O local da pousada é profundamente repousante... isolado pouco abaixo de St, Eufémia junto ao muro do parque da pena, rodeado de Verde.
Quando fui, tinha a espectativa de dar um pequeno passeio no domingo de manhã, antes de almoço, mas o facto de a minha namorada se ter esquecido de levar um calçado adquado ao género de passeio, condicionou a mobilidade, no entanto adaptei-me...
De facto iamos artilhados com toda uma variedade de opções para passar o tempo.
Assim após o pequeno almoço e depois de abandonados os quartos à 10.30 (hora limite), fomos pintar... ambos iamos equipados, com óleo, aguarela, pastel, grafite e papel...
Não que o equipamento dê qualidade às minhas produções...
Após o Almoço que decidimos por tomar na própria pousada, retiramo-nos para a sala de convivio para a sesta...
- Foi nesta sala que nos encontramos com uma Canadiana chamada Britney, (que esperava o momento de regressar ao quarto para se recompor da noite não dormida) com que partilhamos a parte da tarde que nos restava até à festa de anos da minha mãe...
Foi uma tarde à frente da televisão muito rica... o contacto com pessoas que se aventuram pelo mundo de uma forma bastante descontraida, que difere profundamente do nosso perfil mais comum de portugueses, serviu como o abrir de uma janela numa sala abafada.
 
A sede de sucesso amputa-nos as pernas, de facto podemos ser porfundamente comptentes e sucedidos no local onde estamos, sem precisarmos das pernas, mas falta-nos a mobilidade, e o pior, é que por vezes nem sequer notamos isso...
 
Que bela maneira de aprender...
Não sei quantificar, e penso que poucos o saberão, o valor de uma viagem, mas por certo enriquece mais do que alguns anos de ensino tradicional... pode não nos ensinar matemática, ou Literatura com a mesma profundidade, mas também é de alguma forma concensual, considerar que o mais importante não são os factos em sí que mais importam, mas antes a forma de analise, e a sensibilidade que se desenvlolve quando se estudam os factos, e estas coisas são interiorisadas muito mais eficasmente quando associadas a processos emocionais... E haverá algo mais emotivo, do que o que se aprende com pessoas que partilham e que se movem no meio dos factos???
 
Como eu tinha dito... isto é um vomitório...
O inicio apenas serve para chegar ao fim... e o fim não tem de ser estruturado, até porque isso seria retirar-lhe a sua verdade... os pensamentos e as emoções não são estruturados (pelo menos os meus) e no entanto está ai a génese dos discursos, mas para serem construidos como discursos, tem de ser filtrados... ora aqui apresento-os com o mínimo de filtragem que me é possivel...
Torna-se algo esquizoide, que sabe bem... é libertador... não escrever para ser entendido, mas antes para limpar o interior... qual jacto de àgua de alta pressão que leva tudo à frente sem ordem...
 
sabe mesmo bem...
acho que me deixei levar...
 
mas sabe bem... que se lixe...
Visita Sintra outra vez Ivo...